Conheça os alimentos que mais subiram de preço esse ano

Nós brasileiros estamos sentindo o aumento da inflação. Mas você sabe quais são os alimentos que mais subiram de preço esse ano? Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 10,25% em 12 meses, segundo dados divulgados pelo IBGE. É a primeira vez que isso acontece desde fevereiro de 2016.

Essa alta pode ser sentida nos supermercados e nos postos de gasolina: a maior parte dos 50 itens que mais subiram desde setembro de 2020 é encontrada nesses estabelecimentos.

Embora alguns dos itens que mais subiram tenham influência menor no bolso, como o pimentão, cujo preço quase dobrou, também estão na lista das maiores altas de produtos que pesam, como as carnes em geral.

Continue lendo para saber mais.

Alimentos que mais subiram de preço esse ano (2021)

Confira quais são as maiores altas no acumulado de 2021, de janeiro a agosto:

  • Pepino – 78,51%
  • Abobrinha – 72,90%
  • Pimentão 58,18%
  • Açúcar refinado 27,11%
  • Fubá de milho 25,05%
  • Mandioca (aipim) 24,93%
  • Repolho 23,82%

Veja também os alimentos que mais subiram de preço no acumulado de 12 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de junho:

  • Óleo de soja – 83,79%
  • Feijão fradinho – 48,19%
  • Peito bovino – 47,74%
  • Arroz – 46,21%
  • Músculo – 46,06%
  • Paleta bovina – 45,54%
  • Costela bovina – 45,22%
  • Lagarto redondo – 44,14%

Além dos alimentos, a inflação também aumentou o custo do Gás de Cozinha.

Por que os alimentos estão mais caros? 

Arroz, feijão, óleo e leite e outros itens básicos da alimentação brasileira, estão mais caros. Em 2021, os preços observados nas prateleiras do mercado subiram em resposta a desvalorização do real, mudanças nos hábitos de consumo e ao aumento da inflação, aliados à crise econômica criada pela pandemia da Covid-19.

Para entender o efeito da inflação, é preciso entender o impacto da alta das commodities, produtos que servem como matéria-prima para fabricação de terceiros – como é o caso do milho que serve de insumo para o leite e para carne – e são cotadas em dólar. 

Com a alta das commodities se privilegia o lucro que o agronegócio pode gerar com a exportação dos produtos em detrimento do mercado interno do país.

Tenha em mente que o equilíbrio entre a exportação e o armazenamento de alimentos para o consumo da população local é um dos fatores que ajudam a estabilizar os preços dos alimentos, mas o cenário de crise que o Brasil vivencia está tornando todo o processo, desde a produção até o consumo final, mais caro; chegando aos preços observados nos mercados.

Outro ponto que influencia nos preços é a desvalorização do real brasileiro em comparação ao dólar. Entre dezembro de 2019 a outubro de 2020, o real perdeu 28% do seu valor perante o dólar.

Essa desvalorização do real ocorreu devido à crise econômica e política vivenciada pelo país desde 2015 e agravada pela pandemia, que colocou o mercado brasileiro como “instável para o investimento estrangeiro”. É neste cenário que os diversos insumos importados acabam tendo seus preços influenciados pelas variações das cotações internacionais.

Por fim, além do efeito da inflação das commodities e a desvalorização da moeda, outro fator que impacta no aumento dos preços é a Lei da Oferta e Demanda, desenvolvida por Adam Smith. De acordo com Smith, o preço de uma mercadoria seria regulado com base na “quantidade efetiva colocada no mercado (oferta) e a demanda daqueles que estão dispostos a pagar pelo preço total do produto, considerando o trabalho para a sua produção e o lucro a ser pago para colocá-lo no mercado”.

Quais as regiões onde a cesta básica está mais cara?

Os últimos levantamentos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indicam os estados com o maior preço nos alimentos. Segundo essa pesquisa, os mais caros são:

  • Fortaleza (3,92%), 
  • Campo Grande (3,89%), 
  • Aracaju (3,71%), 
  • Belo Horizonte (3,29%) 
  • Salvador (3,27%). 

Já as regiões com o menor reajuste foram João Pessoa (-0,70%) e Brasília (-0,45%). 

E no seu dia a dia, como o aumento dos alimentos tem impactado a sua rotina? Deixe o seu comentário.